Ufa, cheguei a pensar que não
conseguiria ver antes de sair de cartaz, mas depois de muitos contratempos e
desencontros conseguir assistir A
Esperança Parte I ainda no cinema. Sendo assim, hoje falarei um pouco mais
sobre ele para vocês.
Katniss Everdeen sobreviveu duas vezes aos Jogos Vorazes, mas pegou
um preço alto demais por cada vitória. Ao ser retirada da arena do Massacre Quaternário,
ela descobre que seu distrito foi destruído, que Peeta e alguns dos outros vencedores permaneceram sob o poder da
Capital e que o 13, que todos julgavam extinto, apenas esperava o momento
oportuno para retaliar e reacender a revolução. A presidente Alma Coin e Plutarch Heavensbee querem que Katniss assuma seu papel como Tordo
e se torne o símbolo da revolução, mas ela está destruída e insegura. Contudo,
se esse for o preço a ser pago pelo resgate de Peeta e dos demais tributos,
Katniss está disposta a se sacrificar em prol da liberdade deles e do progresso
da rebelião.
Esse talvez seja o filme mais
esperado por mim esse ano. E confesso que o aguardei com medidas iguais de
temor e excitação. Sim, temor principalmente pelo livro final ter sido divido
em dois filmes. Essa estratégia tem se tornado comum em finais de sagas
literárias adaptadas ao cinema, mais dinheiro para os produtores dos filmes e
mais material aos fãs, mas nos dois últimos casos que me recordo, Harry Potter
e Crepúsculo, as primeiras partes não estão entre as melhores da franquia.
Felizmente isso não acontece aqui.
A Esperança Parte 01 talvez seja
o filme mais carente em ação de toda a franquia até o momento. Dessa vez não
temos a arena, que sempre garantiu tomadas repletas de adrenalina. Esse é mais
um filme contemplativo, político. Nele acompanhamos uma Katniss debilitada, sem
saber como se posicionar diante da rebelião e em quem realmente confiar. O real
inimigo é a Capital, sim, disso não há dúvida. Mas até que ponto os ideias da
resistência são realmente autênticos?
O jogo político que acontece aqui
é realmente interessante. De um lado temos a Capital, eles tem Peeta com refém
e o usam para manipular não só a Katniss, mas também todos os distritos. Em
retaliação, a resistência explora sem pudor cada demonstração de emoção do
Tordo. Agora que o levante começou, eles não podem correr o risco de deixa-lo
esfriar. As maiores batalhas acontecem mesmo é por meio da forte propaganda,
presente em ambos os lados.
Os atores também estão ótimos em
suas interpretações. Elizabeth Banks nos brinda com uma Effie despida do
glamour e da pompa da Capital, Josh Hutcherson entrega um Peeta confuso e
manipulado e a queridinha Jennifer Lawrence consegue traduzir todo o drama pela
qual sua personagem está passando. Emocionei-me com muitas passagens da moça,
especialmente nas tomadas do bombardeio ao hospital e na visita ao destruído
Distrito 12, onde ela canta a canção “A Árvore Forca”.
Não considero A Esperança Parte I o melhor
filme dessa franquia, mas não sai do cinema nem um pouco decepcionado com ele.
Toda a movimentação vista no filme, desde a aceitação da Katniss de seu papel
como Tordo até a mobilização dos distritos em prol da revolução são super
válidos como aquecimento para o desfecho da saga, que pressinto, será épica.
E eu fico cada vez mais ansiosa, Jeferson. Tenho que ler os livros logo para ver os filmes antes da parte 2. Ótimo texto.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Ei Gabriela,
ExcluirAh, você precisa mesmo ler esses livros. São muito bons! Obrigado.
Abraços.