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RESENHA - O Clã dos Magos; Trudi Canavan


Título Original: The magician’s Guild
Gênero:  Literatura Fantástica
Autor: Trudi Canavan
Ano: 2012
Editora: Novo Conceito
Número de páginas:  448
Nota pessoal:  3

É em um mundo bem caracterizados pelas diferenças sociais que a autora australiana Trudi Canavan constrói sua trilogia de estreia. Embarque comigo nas páginas de O Clã dos Magos, primeiro volume d’ A Trilogia do Mago Negro.


A tradição começara trinta anos atrás. Cansado das constantes reclamações de influentes membros das Casas Nobres acerca da segurança em Irmandin, o Rei resolveu expurgar a cidade de todos os mendigos, vagabundos, sem-teto e criminosos. Assim surgia a Purificação.

Contudo, alguns grupos resolveram resistir. Armados por facções de bandidos e ladrões, eles oferecem resistência ao rei. Batalhas de rua e motins estouram por todo o lado, e o Monarca se vendo acuado resolve pedir auxílio ao Clã dos Magos.

Não tendo como lutar contra a magia dos magos, os grupos rebeldes foram finalmente derrotados e expulsos da cidade. A Nobreza festejou o desfecho da Purificação, e o Rei Terrel, satisfeito, incorporou o Clã a Irmandin e declarou que a cerimônia de purificação ocorreria em todos os invernos.
Sonea perdeu a mãe muito cedo e devido ao pai ausente, vive com os tios. A vida em Irmandin não é fácil, mas a custa de muita luta eles conseguem um quarto em uma hospedagem dentro dos muros da cidade. Contudo, o inverno chegou e com ele a Purificação. De repente a garota se vê expulsa da cidade e afastada dos tios.
Sem que perceba, ela chega a Praça Setentrional. Lá, protegidos por uma imperceptível barreira de proteção, estão reunidos os magos.   Os trabalhos estão prestes a serem iniciados. E como em todos os anos, os jovens expulsos da cidade, em uma inútil atitude de revolta, atiram pedras na barreira de proteção.
Incitada pela arrogância de um dos magos, Sonea pega uma pedra. Toda ira, ódio e revolta que sentia pelos magos revirava em seu estômago. Ela concentra todos esses sentimentos na pedra e a atira contra a barreira. Um rastro luminoso segue o objeto e todos viram, perplexos, ele atravessar a barreira e atingir um dos magos na têmpora, deixando-o inconsciente.
Aquilo não deveria acontecer. Naquele momento um dos maiores medos do Clã se concretizara. Havia um mago selvagem a solta. Eles precisavam encontra-la e ensiná-la a controlar seu poder antes que saísse de controle.
Mas a ultima coisa que Sonea pretende é permitir que eles a encontrem. Anos de Purificação a ensinaram a não confiar no Clã, e assim ela embarcará ao lado do fiel amigo Ceryni e do Ladrão Faren pelo submundo de Irmandin, enquanto foge dos magos e tenta desesperadamente controlar seu poder antes que ele a destrua.

*  *  *

Finalmente, em minha segunda tentativa, conseguir ler esse livro. Confesso que passar pelas duzentas páginas iniciais de O Clã dos Magos por duas vezes não foi tarefa fácil, e se não fosse os diversos comentários que o livro melhoria circunstancialmente na segunda parte, certamente o teria abandonado definitivamente.
Trudi Canavan inicia sua história muito bem. O evento que ocorre logo no início do livro, durante a cerimônia de Purificação, gera uma grande expectativa pelo que estar por vir, e é aí que a história desanda um pouco.
A fuga de Sonea se estende por mais de duzentas páginas, e pouca coisa significativa acontece nesse meio tempo. Acompanhamos a personagem e os magos pela cidade, conhecemos um poucos dos hábitos e costumes, mas nesse ponto a história não me ganhou.
Além disso, outros aspectos do livro também me incomodaram. Não gostei de como a autora incluiu elementos próprios de seu mundo na narrativa. Tipo, durante a leitura surgem animais, comidas, bebidas e outros termos completamente desconhecidos do leitor. A autora os joga, mas não se dá ao trabalho de contextualizá-los, e sinceramente, não curtir nadinha ter que interromper o livro e recorrer ao final para entender os tais termos.
E por fim me queixo das gírias, sei que foi uma forma que a Canavan encontrou de sublinhar a diferença social entre os magos e os garotos da favela, mas não sei, aquilo pareceu forçado demais.
E embora reclame bastante, posso dizer que o livro me ganhou a partir de sua segunda parte. A abordagem do história muda, as intrigas no clã tornam-se mais evidentes e muita coisa começa a acontecer.
O final do livro é bom e deixa ótimos ganchos para a continuação. Torço para que A Aprendiz não cometa os mesmos erros que esse e se prove um livro melhor. Lerei, mas com expectativas moderadas. 

A Trilogia do Mago Negro:

Livro 01 - O Clã dos Magos
Livro 02 - A Aprendiz
Livro 03 - O Lorde Supremo

2 comentários:

  1. Ei Jeferson,

    A trilogia melhora muito nos próximos livros, espero que vc não desanime hehe.
    Achei este primeiro meio enrolado, mas eu gosto tanto do tema que adorei mesmo assim.
    abs

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    Respostas
    1. Oi Nanda,

      Verdade, to no finalzinho de "A Aprendiz" e to curtindo bastante o livro. Espero que a série mantenha esse padrão.

      Abraços!!!

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Olá, obrigado pela visita!!!