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[ RESENHA ] PRINCE OF THORNES - MARK LAWRENCE



Título Original: Prince of Thorns
Série: Trilogia dos Espinhos
Autor: Mark Lawrence
Ano:  2013
Gênero: Fantasia
Editora: Darkside
Número de páginas:  360
Nota pessoal:  2,5/5

“Os espinhos me ensinaram o jogo. Fizeram-me entender o que todos esses homens sérios e carrancudos que lutaram na Guerra Centenária ainda precisam aprender. Você só pode vencer o jogo quando entende que se trata de um jogo. Deixe um homem jogar xadrez e diga a ele que todos os peões são seus amigos. Diga que ambos os bispos são santos. Faça-o lembrar de dias felizes. Deixe-o amar sua rainha. Veja-o perder tudo.” Pág. 33-34

Sou fã confesso de fantasia e sempre que encontro uma novidade do gênero fico morrendo de vontade de conferir. Foi assim com a Trilogia dos Espinhos. A sinopse me pegou de jeito e quando botei os olhos na edição perfeita da Darkside, com direito a capa dura e fitinha para marcação de páginas simsoudesses fui fisgado de vez. Hoje conto o que achei do primeiro volume com Prince of Thornes de Mark Lawrence.

O jogo começou para o Príncipe Honório Jorg Ancrath na noite em que a carruagem que viajava com a mãe e o irmão fora interceptada na estrada. Antes que pudesse perceber o que estava acontecendo ele foi atirado longe por um dos homens de seu pai, diretamente num espesso canteiro de roseira-brava. Isso lhe salvou a vida, mas não o poupou de assistir a todo o horror que estava por vir.

Com apenas nove anos de idade e imobilizado por espinhos que lhe rasgavam a carne e a alma, Jorg testemunhou, impotente, o assassinato de sua mãe e de seu irmão caçula.

Jorg queria ter morrido junto com eles, e pelas semanas em que ardeu em febre às coisas pareciam querer mesmo tomar esse rumo. Mas no fim algo o manteve vivo. Uma promessa de vingança. O ódio onde o amor falhara.

Quando o rei Olidar, soberano de Ancrath e pai de Jorg, lhe nega a vingança pela qual o rapaz tanto ansiava, ele foge junto com uma irmandade de assassinos prestes a enfrentarem a execução. 

Quatro anos depois Jorg conquistou o respeito de seus irmãos de estrada e o posto de líder da Irmandade. Com as peças postas no tabuleiro, ele decide retornar para casa, enfrentar seu pai e finalmente dar cabo á vingança que move todos os seus atos. Mas no fim tudo o que importa é o jogo que os espinhos lhe ensinaram. Jogo este que o Príncipe da Roseira Brava fará de tudo para vencer. 

““O mal não existe, Makin”, eu disse. “Existe o amor pelas coisas, pelo poder, conforto, sexo e existe o que os homens estão dispostos a fazer para satisfazer tais desejos.” Chutei o que restou do cadáver do necromante. “Você acha que essas criaturas infelizes são más? Você acha que devíamos sentir medo deles?”” Pág. 241-242

* * *

Li algumas resenhas antes de adquiri essa trilogia e já sabia que se tratava de uma fantasia em uma era medieval completamente nova. Também sabia que o protagonista não é nenhum mocinho, ao contrário, o Jorg faz coisa que embrulham o estômago até dos mais fortes, o que eu não esperava era não sentir nem um pouco de empatia por ele.

Claro, o Príncipe passou por grandes traumas. Assistiu o assassinato da mãe e do irmão, quase morreu em meio aos espinhos de um arbusto de roseira brava e teve a vingança tão almejada negada pelo pai, em detrimento de um acordo comercial. Sim, é muito, mas não é o suficiente para aplacar toda a carnificina, na maioria das vezes gratuita, promovida por ele.

Os demais personagens seguem no mesmo padrão. Todos envolvidos a sua maneira nos jogos de poder do Império Destruído. É um desfile de personalidades corrompidas, cruéis e violentas. Muitos morreram ao longo do livro, infelizmente nenhuma dessas mortes me tocou. Para mim tanto fez, tanto faz!

O enredo se passa num cenário pós-apocalíptico. Um Império Destruído, vivendo uma segunda era medieval. Achei esse aspecto interessante e alguns detalhes me levam a acreditar que esse nada mais é que nosso mundo, depois de alguma terrível catástrofe e de uma Guerra Milenar, constantemente citada. Terminei a leitura curioso para saber mais sobre essa nova paisagem.

Quem curte ação não irá se decepcionar. O autor não poupa nas batalhas e o Príncipe dos Espinhos não hesita em entrar nelas. A todo o momento algo interessante está acontecendo. Isso deixou a leitura ágil e compensou um pouco a falta de empatia que senti pelos personagens. Somente não curti o hábito do autor de sempre dar uma mãozinha ao protagonista em seus momentos de grande perigo. É tudo muito providencial. O cara se vê diante de um perigo mortal e do nada uma flecha, um coice de cavalo, um desabamento ou algo do tipo o salva. 

O final fortalece os rumos que a trilogia irá tomar. Quem realmente move as peças no tabuleiro? Seriam os reis do Império Destruído? Seriam aqueles que detêm riquezas? Ou será que existe uma força sombria por trás disso tudo? Bem, Jorg termina com uma boa ideia do que está acontecendo e pretende vencer o jogo, unir as nações do Império e se tornar Imperador. Se ele irá conseguir, o futuro dirá.

Para responder a essas perguntas, pretendo ler os demais livros. Como ainda não me empolguei com a trilogia, não me sinto a vontade para recomendá-la. Mas torço para que isso mude nos próximos volumes.
 
TRILOGIA DOS ESPINHOS:
 
Livro 01 - Prince of Thornes;
Livro 02 - King of Thornes;
Livro 03 - Emperor of Thornes;

4 comentários:

  1. Por onde começo, Jeferson? Tenho bastante curiosidade por essa trilogia, mas ver o quanto se decepcionou principalmente com o protagonista me deixa com um pé atrás. Mas outros de seus comentários mantiveram meu interesse, então ainda desejo conferir. Ótima resenha. Senti falta daqui.

    Abraço!
    http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/

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    1. Oi Gabriela,

      É verdade, me decepcionei em muitos momentos com esse primeiro livro, e o fato do protagonista não despertar empatia foi uma falha grave a meu ver, mas é um livro fácil de ser lido e alguns aspectos do enredo e do universo criado pelo autor despertaram em mim a vontade de ir adiante. Vamos ver no que dá. Obrigado!!!

      Abraços!!!

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  2. Eu amei a sinopse e capa do livro! Curti bastante a sua resenha e fiquei mais curioso pra ler!
    A DarkSide manda muito bem nas edições. Você viu o booktrailer desse livro? É muito perfeito hahaha!
    Abraços :)
    www.chamandoumleitor.blogspot.com.br

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    1. Ei,

      Que bom que curtiu a resenha, vi o booktrailer sim, fui fisgado pelo conjunto sinopse, edição e booktrailer.

      Abraços!

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Olá, obrigado pela visita!!!