Algumas semanas atrás assisti ao piloto de American Horror History e contei AQUI minhas primeiras impressões. A série já
tem três temporadas completas e a quarta está em andamento, de modo que pensei
em falar novamente sobre ela apenas quando terminasse a maratona com todos os
episódios que ainda não vi. Porém, quem conhece AHS sabe que cada temporada tem
histórias independentes, por isso achei que faria mais sentido falar sobre elas
separadamente. Para começar, fiquem com um breve balanço de Murder House.
Os Harmons se
estabeleceram na Murder House, mas estão longe de encontrarem a tranquilidade
de que tanto precisavam para recomeçar suas vidas. Vivien tenta entender e perdoar Ben por sua infidelidade, mas a cada dia eles estão mais distantes.
Violet despreza a mãe por aceitar
viver ao lado do pai e busca consolo em Tate,
um garoto com sérias tendências psicopatas. Enquanto isso, Constance, Moira e Larry parecem sempre estar por perto,
aparecendo nos piores momentos possíveis. Quando Vivien se descobre grávida,
forças antigas que rondam a casa ficam mais agitadas e farão de tudo para
colocar as mãos em seu bebê.
Estou embasbacado com o desenvolvimento dessa série. É algo
que beira a perfeição! Logo no segundo episódio percebi que a coisa manteria o
excelente padrão do piloto. Cada novo capítulo se inicia mostrando um dos
muitos assassinatos que aconteceram na Murder House. Com isso vamos descobrindo
a história do local, seus fantasmas e suas bizarrices. Me perdoem se soar
mórbido, mas me diverti de uma forma perversa vendo essa série. O enredo é
muito bem intricado e vai sendo revelado ao expectador em pequenas doses. Um
assassinato aqui, um acontecimento macabro no passado da casa acolá. É como um
grande quebra-cabeça, que conforme vai sendo montado nos dá uma visão da coisa
como um todo.
Fiquei feliz ao ver minhas perguntas sendo respondidas ao
longo da temporada. Teci teorias, me surpreendi com muita coisa. Achei a
criatividade dos produtores algo genial. Seriais killers, médicos macabros,
bebês abortados. Nada é jogado por acaso
nessa série, tudo tem uma finalidade.
O principal mote continua sendo o drama familiar. A infidelidade
de Ben é o epicentro dos maiores problemas dos Harmons. E, embora tenham mudado
de Boston para Los Angeles, ela literalmente lhe bate a porta. Maridos que
traem costumam despertar a antipatia do público e com ele não foi diferente.
Não engulo o sujeito e detesto sua mania de analisar tudo psicologicamente. Vivien
é meio chatinha, mas não chega a ser intragável. A relação que surge entre
Violet e Tate seria bonita, se não fosse morbidamente trágica. Os antigos moradores da mansão – tanto os
vivos quanto os mortos – são terríveis. Gostei bastante do governanta Moira,
até derramei algumas lágrimas quando descobri seu passado. Jessica Lange merece
uma menção especial. Ela está perfeita como Constance e sozinha é um dos
maiores enigmas da série. Uma mulher sombria, maldosa e que sabe muito mais do
que demonstra. Mas que quando se trata dos filhos, vai à luta com unhas e
dentes.
A parte sobrenatural é o que eu já vi de melhor no que diz
respeito a “terror”. A Casa dos Assassinatos parece um organismo vivo. São
muitas mortes, muitos moradores. Alguns querem continuar lá, outras libertar
sua alma da casa. E ainda existem os que nem sabem que morreram. É tudo meio
perturbador, mas incrivelmente bem bolado.
Assisti a essa temporada toda em alguns dias. Não conseguia
me conter e ia vendo episódio atrás de episódio, ávido por respostas e
intrigado pelas novas questões que iam surgindo. E agora, é correr para ver a
segunda. Espero me deslumbrar tanto quanto nessa. E vocês, ainda não viram? Não
tem coragem? Sinceramente, estão perdendo uma grande produção.
Não, eu não tenho coragem, Jeferson. [rs] É bom saber que os produtores desenvolveram tão bem o enredo e bolaram um quebra cabeça tão intricado, mas terror não é comigo. No mais, ótimo texto.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Ei Gabi,
ExcluirAh, que pena. É preciso estômago mesmo para encarar!
Abraços!
Oi Jeferson, tudo bem?
ResponderExcluirEu assisti a dos episódios da primeira temporada e admito que não gostei muito. Fiquei um pouco entediada, pra falar a verdade. Por algum motivo, os dois primeiros episódios não me cativaram.
Porém, sua resenha me soou tão empolgada e positiva que estou cogitando continuar assistindo agora nas férias. Fiquei bem curiosa pra ver tal desenvolvimento!
Beijos,
Priscilla
http://infinitasvidas.wordpress.com
Ei Priih!
ExcluirSério que te entediou? Eu fiquei foi intrigado. Mas talvez seja questão de gosto mesmo. Acho que o AHS tem um público já definido, não agrada todo mundo. Mas estou curioso para saber o que você vai achar ao ver novamente a série. Por favor me conta!!!
Abraços!!!