Título Original: Bridget Jones’s Diary
Trilogia: Bridget Jones
Autor: Helen Fielding
Ano: 2001
Autor: Helen Fielding
Ano: 2001
Gênero: Chick Lit
Editora: Galera Record
Número de páginas: 322
Nota pessoal: 4/5
Editora: Galera Record
Número de páginas: 322
Nota pessoal: 4/5
“-Ah,
que lindas flores! – disse ela, invejosa. – Quem mandou?
- Não
sei! – respondi sem jeito, olhando o cartão. – Ah... são para você.
- Não
tem problema. Olha, isso é para você – disse ela, me consolando. Era à conta do
cartão de crédito.” Pág. 58
O livro de hoje é leitura
obrigatória para quem curte chick-lits; e certamente uma ótima pedida para quem
pretende conhecer o gênero. Completamente hilariante, a protagonista conquistou
meu coração com seu jeito surtado e psicótico. Torci, me identifiquei e me
diverti horrores com muitas das situações narradas. Estou falando de O Diário de Bridget Jones da Helen Fielding.
A vida não é nada fácil
para Bridget Jones. Com 32 anos de
idade, ela está solteira, acima do peso, tentando parar de fumar e consumir
menos unidades de bebidas alcoólicas por dia. Seu trabalho também não é nenhum
paraíso. O salário quase não dá para nada e Perpétua, a responsável por seu setor, é uma verdadeira víbora. Mas
poderia ser pior, ao menos ela tem o Daniel
Cleaver como prêmio de consolação, seu chefe com jeito meio depravado e que
vez ou outra flerta descaradamente com ela.
Sua solteirice crônica
seria menos humilhante se seus pais e amigos já casados não fizessem questão de
lembra-la sempre de sua condição. As festas em família então, um verdadeiro
tormento! A ultima cartada da mãe foi tentar aproximá-la de Mark Darcy, um advogado bem sucedido e recém-divorciado,
mas que com seus suéteres de losangos e suas meias de bichinhos não fazia uma
figura nem um pouco sensual.
Felizmente Bridget pode
contar com bons amigos, todos com praticamente os mesmos problemas que ela
quando se trata de homens. Tom é um
amor, mas tem um namorado totalmente pretensioso e difícil de suportar. A Sharon tem todo um discurso feminista e
tenta se manter longe dos homens, mas no fundo também sofre com as babaquices
masculinas. E a Jude, pobre Jude. A
mais de um ano namorando com Richard, o vil. Um babaca que foge da raia sempre
que percebe que as coisas estão ficando sérias, mas acaba dando um jeito de
estar de volta antes que seja superado.
Mas Bridget deseja
mudar e para isso cria algumas resoluções de ano novo... Entre elas estão parar
de fumar, beber menos, perder alguns quilos, ler mais livros e escutar música
clássica, aprender a cozinhar jantares formidáveis e encontrar um namorado
bacana. Se ela conseguirá ou não, aí já é outra história...
“Claro que
Simon Dalrymple sabia dança de salão desde que nasceu, por isso me guiava com
perfeição. O problema era que ele parecia estar, bem, para ir direto ao
assunto, com a maior ereção que já tive a sorte de ver na vida e dançávamos tão
juntos que não dava para confundir aquilo com um estojo de lápis.
- Agora é
minha vez, Simon. – disse uma voz.
Era Mark
Darcy.” Pág. 244
*
* *
Quando pego um chick lit,
o que espero é uma leitura divertida e que me mantenha entretido. E nesse quesito O diário de
Bridget Jones não deixa nada a desejar. Acho que poucas vezes ri tanto com um livro.
A Bridget Jones é uma
figura ímpar. Nunca vi uma personagem tão surtada, histérica e divertida. As situações
pelas quais ela passa são absurdas, mas não surreais. Tem um capítulo no qual
ela decide preparar um jantar para os amigos, em comemoração ao seu
aniversário, mas quando os convidados chegam, ela mal tinha saído do banho, a
casa estava uma bagunça e a refeição ainda se encontrava semi preparada dentro
de várias panelas espalhadas pelo chão da cozinha. Um verdadeiro desastre. Super
rolou uma identificação com essa passagem, já que passei por algo muito
parecido uma vez. Com isso quero dizer que sim, muito coisa é exagerada, mas
não impossível de acontecer.
O livro é todo narrado
através de entradas em um diário. A história se desenvolve ao longo de um ano,
no qual a Bridget tenta, na maioria dos dias sem muito sucesso, levar adiante
suas resoluções para uma vida mais saudável e equilibrada. No início de cada
dia ela nos conta quantas calorias consumiu, assim como a quantidade de drinks
e cigarros tragados. Ficava morrendo de pena da Brid quando a via praticamente
passar fome em um dia, para no outro se descontrolar e consumir quantidades absurdas
de comida.
Também li em algum
lugar que a Helen Fielding levemente se inspirou no clássico Orgulho e
Preconceito para criar seu livro. Ainda não li nada da Austen, mas não precisa
ser especialista para pescar as referências. Primeiro que um dos personagens
principais, o Mark Darcy, é uma alusão direta ao Mr. Darcy de O&P. Outro
ponto são os arranca rabo que acontecem entre a Bridget e o moço em alguns
eventos sociais. Achei legal essa inspiração e instigou ainda mais minha
curiosidade para conferir o livro original.
Enfim, amei! Helen
Fielding ganhou destaque especial entre as autoras do gênero em minha estante.
Simplesmente o chick lit mais hilário e viciante que já tive o prazer de ler. Fico
feliz por ter ainda mais duas aventuras da Bridget pela frente. Recomendo sem
restrições.
Trilogia Bridget Jones:
Livro 01 - O Diário de Bridget Jones
Livro 02 - Bridget Jones: No Limite da Razão
Livro 03 - Bridget Jones: Louca pelo Garoto
Vou ser bem sincera, Jeferson. Não tenho muita identificação com chick lit, mas O Diário de Bridget Jones é um que está na minha lista. Vi uns pedaços do filme, e aí fiquei com vontade de ver. Bom saber que é tão divertido. E acho que essa coisa do jantar acontece com todo mundo. [rs] Ótima resenha.
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Oi Gabi,
ExcluirÉ um gênero que meio que está me enjoando também, mas a Bridget me deu um novo fôlego. Bom que o filme aumentou sua vontade de ler o livro, também quero assisti-lo em breve.
Abraços!!!
Oi, Jefferson!
ResponderExcluirEu vi o filme e adorei! Adoro o gênero e sou louco para ler os livros da Fielding.
A Bridget parece ser hilária mesmo! Protagonistas assim dão um fôlego gostoso à leitura. E acredito que tenha se inspirado em O&P mesmo, pois já li a obra da Austen e achei as semelhanças que você citou bem relevantes.
Ótima resenha e fico feliz que tenha gostado.
Abraço!
"Palavras ao Vento..."
www.leandro-de-lira.com
Oi Leandro,
ExcluirAh, por favor, leia! Para mim a Fielding é a rainha do chick-lit a mulher arrasou. E essa inspiração nos livros da Austen aumentou ainda mais minha admiração. Que bom que gostou!
Abraços!