Gênero: Drama
Autor: John Green
Ano: 2012
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 288
Nota pessoal: 5
A frase do Markus Zusak
impressa na capa de A Culpa é das Estrelas
ilustra muito bem aquilo que o leitor pode esperar desse livro. Escrito em 2012
pelo americano John Green e lançado
aqui no mesmo ano pela Intrínseca, o
livro conta de forma leve e emocionante uma amizade entre dois jovens marcados pelas
limitações de uma doença da qual não podem escapar. Na primeira resenha do blog,
saiba mais sobre a bela trajetória de Hazel Grace e Augustus Waters.
Com quase dezessete
anos de idade e um câncer em fase terminal, tudo o que Hazel Grace desejava era ficar em casa, assistir realitys show na TV
e ler o mesmo livro que já lera diversas outras vezes. O que infelizmente, na visão de sua mãe, era
um sintoma claro de depressão. Decidida a ajudar a filha, ela obriga Hazel a
participar de mais uma das reuniões de um grupo de apoio para jovens com câncer.
Abatida e sem
argumentos, Hazel se prepara para mais uma sessão de tédio e tortura. Não
suportava os deprimentes depoimentos que as pessoas faziam nas reuniões, e nem
queria ouvir pela milésima vez com Patrick, o líder do grupo e único ali com
mais de dezoito anos, sobrevivera a sua luta contra o câncer perdendo as bolas
em meio ao processo.
O que Hazel não esperava era encontrar entre os
rostos já conhecidos, um garoto bonito, musculoso e de sorriso cafajeste. Augustus Waters, sobrevivente de um
osteossarcoma, não demora a se interessar pela inteligência da garota, e logo nasce
uma amizade ente eles.
Contudo, por mais
tentador que seja dar uns amassos no Augustus, Hazel sabe que é uma granada
prestes a detonar. Acima de tudo odiaria aumentar a lista de vidas devastadas
pela sua morte iminente. O único porém, é que talvez o Augustus não esteja tão
disposto a abrir mão da garota e fará tudo para conquista-la.
* * *
Nossa
gente, é muito amor para um só livro. Não sei ao certo o que esperava ao ler,
mas ao contrário do que vi em algumas resenhas por aí, não me decepcionei em
nenhum momento.
John
Green nos brinda com uma trama linda, repleta de metáforas e reflexões. Os sentimentos
do leitor mudam a todo o momento, lembro de estar com os olhos cheios de
lágrimas no início de uma página e antes de virá-la já estava rindo de alguma
tirada inteligente dos protagonistas.
E
por faler neles, amei a Hazel Grace. A menina é muito inteligente. Leitora
voraz, sarcástica e com um modo único de enxergar a vida, ela não é daquelas
protagonistas chatinhas, preocupadas apenas com o próprio nariz ou focada
exclusivamente em sua doença. Ao contrário, a Hazel em algum momento do livro
chega a se comparar a uma granada, e teme profundamente o que acontecerá após
sua partida. Sofre pelos pais, odeia que a vida deles se resuma a cerca-la.
O
Augustus não fica atrás. Ele é o tipo de amigo que qualquer pessoa gostaria de
ter. Super autoconfiante, engraçado e sempre disposto a ajudar em meio a um
drama, o rapaz faz tudo para ver a Hazel feliz, mas sem condescendência ou atitudes
que as pessoas geralmente usam para se referir a alguém doente, coisa que eles odeiam.
E
tem também toda a obsessão dos dois por Uma
Aflição Imperial, um livro que ambos leram e que termina bem em meio a uma
frase, os deixando curiosos para saber o que acontecera com os demais
personagens. Isso dá um certo movimento a trama e ficava pensando que o autor
poderia fazer o mesmo, afinal o livro é narrado em primeira pessoa e se a
Hazel, uma paciente terminal, morresse, a história toda terminaria da mesma
forma, em meio a uma frase.
Mas
não é o que acontece. O livro tem um final e, por favor, preparem o coração e
os lencinhos. Apenas não esperem por um desfecho prontinho e previsível, o
autor nos dá bem mais que isso, despedaçando as esperanças dos leitores.
Alguns
livros tem a função de entreter, A Culpa é das Estrelas cumpre bem esse papel,
contudo, não se limita a isso. Sem dúvidas recomendo o livro. Me fez pensar
bastante sobre o que tenho feito de minha vida, sobre as pequenas coisas das
quais costumava reclamar e sobre como essas pequenas coisas poderiam ser
piores. Uma leitura repleta de belas passagens e que certamente somará algo a
quem lê.
Algumas Citações:
"As vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado não vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam."
Pág. 37
"Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você."
Pág. 142
Ei Jefferson,
ResponderExcluirAh ficou muito boa sua primeira resenha, parabéns! :)
Vou dar um jeito de ler este livro logo, se minha fila de espera me ajudar leio mês que vem hehe. Ainda mais depois de Will & Will fiquei muito curiosa para ler os outros livros do autor.
Esta semana recebi aquele Teorema Katherine tbm, devo ler até antes... :P
abs
Hei Nanda, Obrigado!
ExcluirMuito bom que tenha passado por aqui. Torço para que sua fila de espera lhe ajude pois ACEDE é muito bom, gostei muito do livro. ri bastante e até chorei, e olha que sou uma pedra, rsrsrs. Quantos aos outros do autor, pretendo comprar em breve também.
Abraços!!!
Olá Jeferson,
ResponderExcluirAdorei a resenha! Esse livro é muito bom, realmente te faz refletir sobre algumas coisas, além de te fazer sentir como parte da história, como se tivesse ali uma amizade entre os protagonistas e você. O filme baseado no livro também ficou muito bom e emocionante!
Oi Carol,
ExcluirÉ realmente um livro fantástico! Nossa, como amei essa história.Um dos preferidos da vida toda. Obrigado pela visita :-)
Abraços!
Iae Jeferson
ResponderExcluirEsse é o único livro do John que tenho e já li.
E adorei ele, muuuuuito bom mesmo, a historia é bem tocante e os personagens marcantes!
Adorei sua resenha também, ótima :)
Te desejo toda sorte do mundo
Forte abraço
Oi Alexandre,
ExcluirÉ mesmo um livro fantástico! Obrigado :-)
Abraços!
Eu já tinha vontade de ler esse livro, agora eeu tenho mais vontade ainda :)
ResponderExcluirAdorei a resenha, é bem detalhada, porém sem spoilers!
Odeio spoilers...pelo menos, quando os recebo ;p
haha
Parabéns pela resenha.
Beijos e sucesso
Oi Hellen,
ExcluirNinguém merece spoiler né? E olha que eu já peguei cada um por aí, aff. Obrigado pela visita!!!
Abraços!
Hey Jeferson!
ResponderExcluirAmei a resenha,ela realmente convence quem não leu o livro a lê-lo!
Parabéns! Abraços !
Bons Ventos
ResponderExcluirGostei muito da resenha, me deu mais vontade de ler e ter os livros!
ResponderExcluirBons Ventos!
Adorei a resenha! Me fez ficar mais ansiosa para ler o livro hahah
ResponderExcluirBeijos
Olá, Jeferson! Logo de cara, dou os parabéns pela resenha, muito bem escrita.
ResponderExcluirBom, o que dizer de ACDE? Confesso que não li porque a história me interessou ou porque a capa me atraiu. Li porque todo mundo estava comentando e eu, extremamente curiosa, acabei querendo entender o porquê do falatório. Antes, procurei algumas resenhas e não encontrei uma que falasse mal desse livro, foi o empurrão que faltava pra começar a lê-lo. Não sei, talvez tenha ido com muita sede ao pote, devido as expectativas que colocaram na história, mas não achei TUDO isso que falavam, coisas como "melhor livro", "chorei demais", "lindo demais" entre outros comentários. Eu gostei muito da história sim, mas não entrou para os meus favoritos. Antes de ler, imaginava uma escrita mais... formal? Sim, mais formal, em terceira pessoa e tudo mais. No entanto, mudei de ideia ao longo da leitura, pois percebi que a escrita em primeira era essencial para se colocar no lugar da personagem e achei isso ótimo. A Hazel é uma garota incrível, ela está doente e tem noção do quanto isso pode afetar as pessoas, mas ela não fica se remoendo nos cantos. John Green deixou a narrativa descontraída e quando ele dava o gostinho da tristeza para nós, leitores, ele logo transformava a situação em algo cômico, meio que consolando. Isso me chamou bastante atenção em relação sua escrita.O Gus é encantador, ao decorrer da história ele diz coisas tão simples, mas que te tocam e não foi piegas, foi tudo muito doce e espontâneo. No geral, o livro é divertido e reflexivo, fluiu muito rápido pra mim, li em poucas horas.
http://umadosemaisforte.blogspot.com.br/
perfeita essa resenha, tenho um carinho especial tanto pelo livro quanto pelo autor, por sua simplicidade e melancolia.
ResponderExcluirOi, Jefferson. Ótima sua resenha, ainda mais por ser do livro que me apresentou o tio John...
ResponderExcluirParabéns!
E quem não leu ainda, leia esse livro o mais rápido possível...
Oi Jeferson, adorei sua resenha! Quando li o livro ele me ajudou a ver o lado bom das coisas, a achar que a morte é uma coisa natural.
ResponderExcluirParabens!
Livro incrível, um dos meus preferidos, é tão apaixonante e triste ao mesmo tempo, é o melhor do João Verde na minha opinião, Hazel é uma inspiração para nossas vidas.
ResponderExcluir